O quarteto de arbitragem brasileiro que atuou na Copa do Mundo Feminina foi homenageado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Nesta sexta-feira (01), antes da convocação da Seleção Brasileira Feminina, o presidente Ednaldo Rodrigues entregou as honrarias à Edina Alves, Neuza Back e Daiane Muniz. Leila Cruz não pôde comparecer presencialmente, mas esteve ao vivo em vídeochamada.
“É um momento muito especial para o futebol brasileiro e sul-americano, que foi tão bem representado na Copa do Mundo Feminina. Isso engrandece ainda mais a conquista das mulheres, sempre buscando seu espaço de uma forma bastante digna, e, na qual, sempre estaremos em defesa. É um momento histórico pessoal delas e coletivo para o nosso continente. Dentro do trabalho que a CBF tem desenvolvido, é para, cada vez mais, outras mulheres alcançarem este êxito. Muito obrigado e parabéns ao quarteto”, disse Rodrigues.
Uma das árbitras mais experientes, Edina celebrou a ação da entidade máxima do futebol brasileiro. Ela não escondeu a emoção de realizar um sonho.
“É maravilhoso estar em uma Copa. As pessoas não imaginam o estresse e ansiedade envolvidos. Representar o Brasil é muito importante. Agradeço a todos que nos apoiaram. Essa homenagem da CBF significa muito. Estar aqui é maravilhoso. É um reconhecimento do nosso trabalho. Receber isso é um sonho”, falou.
Neuza Back agradeceu o apoio e comentou sobre o período na Austrália e Nova Zelândia. Ela também trabalhou na Copa do Mundo Masculina.
“Não tem maré tranquila em uma Copa. Tudo é supervalorizado, seja para o lado bom ou ruim. Agradecer as minhas colegas de equipe por todos os momentos vividos. A pressão é grande, mas trabalhamos em jogos de alto nível. Nos preparamos bem. É uma atmosfera muito diferente. É muito gratificante ser reconhecida na sua própria casa. Nos outros países isso não é comum. Significa muito para nós como árbitras”, avaliou.
Árbitra de vídeo, Daiane enxerga as atuações nos jogos como triunfos pessoais.
“É muito bom estar em casa. Agradeço muito. A Copa é um mundo ideal, onde tudo é quase perfeito. Na perspectiva de VAR, entrava na cabine, via as telas enormes, e me sentia preparada para o que viesse. “Ganhamos” todos os jogos que fizemos. Digo isso porque o sentimento é de vitória, de conquista. Isso só aconteceu por todas as vezes que estive nos cursos, aprendendo, aprimorando meu trabalho”, disse.
O Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, falou sobre o significado das homenagens.
“As árbitras são orgulhos nacionais. São referências para a população. Representaram as mulheres e o povo brasileiro. É muito justo e emocionante. Mostra o reconhecimento das profissionais que fizeram mais um ótimo trabalho no Mundial Feminino”, analisou.
Fonte: CBF